Sick-lit, que no idioma português pode ser traduzido como ‘literatura enferma’ ou ‘doentia’. Cabem neste segmento enredos protagonizados por criaturas mergulhadas em enfermidades sérias, jovens depressivos, anoréxicos, pelos que já cederam à tentação do suicídio, ou por qualquer outro distúrbio que atinja crianças e adolescentes.
Esse fenômeno tem causado uma certa polêmica porque, ao contrário de Crepúsculo, por exemplo, em que sabemos que tudo ali é fantasia, o sick-lit apresenta-nos histórias que poderiam perfeitamente ser reais, com detalhes e informações "cruéis" sobre doenças, depressão, morte (apesar de John Green utlizar nomes de remédios fictícios em A culpa é das estrelas).
Sobre essa questão, Danielle Machado, editora da Intrínseca, afirma: "Não acredito que um livro paute as escolhas de um leitor. As pessoas já têm as tendências delas, independentemente da história que vão ler. E, além do mais, sick-lit é um termo muito ruim. Parece uma piada". Para o psicanalista Luiz Fernando Gallego, "o que um livro pode fazer é antecipar um sentimento que já está dentro da pessoa. Mas o livro não é a causa de uma depressão".
Okay. Mas afinal, o que seria realmente o sick-lit? Ele pode causar uma depressão? É possível aceitar esse tipo de leitura como "doentia"? Para todas essas perguntas aí vão a minha opinião sobre...
Sick-lit em português literatura doentia, são aqueles livros que relatam problemas e mais problemas, sejam eles psicológicos, físicos, sentimentais. São problemas! Mas apesar de apresentarem problemas eles não são ruins, são muito bons! Na verdade, em minha opinião, esses livros te levam a uma reflexão sobre o que se passa na vida de pessoas assim e nas nossas vidas. Te fazem até enxergar um mundo com "outros olhos"... Por isso eu amo esse tipo de leitura!
O gênero não é capaz te trazer uma depressão para a pessoa que lê. Muito pelo o contrário, eles fazem te enxergar o lado bom das coisas mesmo que você esteja na "fossa". Se alguém que lê sofre de depressão ou qualquer outro problema psicológico isso é dele mesmo, não é um "efeito colateral" do livro.
O nome dado para esse tipo de leitura não está certo, talvez até apresente doenças, mas ele não é doentio, se é que você me entende. Dos que eu li, nenhum me fez pensar nas coisas ruins e sim nas boas. Então, eu acho que esse nome não é o adequado...
Depois de todas essa explicação você ainda quer dicas de sick-lits? Então aí vão alguns:
A culpa é das estrelas (lido) :
Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.
As vantagens de ser invisível (lido) :
Cartas mais íntimas que um diário, estranhamente únicas, hilárias e devastadoras - são apenas através delas que Charlie compartilha todo o seu mundinho com o leitor. Enveredando pelo universo dos primeiros encontros, dramas familiares, novos amigos, sexo, drogas e daquela música perfeita que nos faz sentir infinito, o roteirista Stephen Chbosky lança luz sobre o amadurecimento no ambiente da escola, um local por vezes opressor e sinônimo de ameaça. Uma leitura que deixa visível os problemas e crises próprios da juventude.
Morte Súbita (quase lido... bem, isso é uma longa história) :
Quando Barry FairBrother morre inesperadamente aos quarenta e poucos anos, a pequena cidade de Pagford fica em estado de choque.
A aparência idílica do vilarejo, com uma praça de paralelepípedos e uma antiga abadia, esconde uma guerra.
Ricos em guerra com os pobres, adolescentes em guerra com seus pais, esposas em guerra com os maridos, professores em guerra com os alunos… Pagford não é o que parece ser à primeira vista.
A vaga deixada por Barry no conselho da paróquia logo se torna o catalisador para a maior guerra já vivida pelo vilarejo. Quem triunfará em uma eleição repleta de paixão, ambivalência e revelações inesperadas? Com muito humor negro, instigante e constantemente surpreendente, Morte Súbita é o primeiro livro para adultos de J.K. Rowling, autora de mais de 450 milhões de exemplares vendidos.
A aparência idílica do vilarejo, com uma praça de paralelepípedos e uma antiga abadia, esconde uma guerra.
Ricos em guerra com os pobres, adolescentes em guerra com seus pais, esposas em guerra com os maridos, professores em guerra com os alunos… Pagford não é o que parece ser à primeira vista.
A vaga deixada por Barry no conselho da paróquia logo se torna o catalisador para a maior guerra já vivida pelo vilarejo. Quem triunfará em uma eleição repleta de paixão, ambivalência e revelações inesperadas? Com muito humor negro, instigante e constantemente surpreendente, Morte Súbita é o primeiro livro para adultos de J.K. Rowling, autora de mais de 450 milhões de exemplares vendidos.
Extraordinário (vou ler em breve,breve, breve tunts tunts tunts) :
August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso, ele nunca havia frequentado uma escola de verdade... até agora. Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.
Como eu era antes de você (vou ler um dia que eu tiver dinheiro para pagara o frete) :
Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.
Branca como o leite, vermelha como o sangue (vou ler, mas nem sabia da existência desse livro) :
Chega ao Brasil Branca como o leite, vermelha como o sangue, de Alessandro D’Avenia, o romance sobre o ano mais intenso na vida de um jovem, em que ele aprende a lidar com os próprios sentimentos e, consequentemente, com seu amadurecimento. Leo é um garoto de dezesseis anos como tantos: adora o papo com os amigos, o futebol, as corridas de motoneta, e vive em perfeita simbiose com seu iPod. As horas passadas na escola são uma tortura, e os professores, “uma espécie protegida que você espera ver definitivamente extinta”. Apesar de toda a rebeldia, ele tem um sonho que se chama Beatriz. E, quando descobre que ela está terrivelmente doente, Leo deverá escavar profundamente dentro de si, sangrar e renascer para a vida adulta que o espera. Um traço interessante na narrativa de D’Avenia é a técnica de utilizar cores para descrever os sentimentos e as sensações do menino Leo; por exemplo, o branco, sinônimo de solidão e silêncio: “O silêncio é branco. Na verdade, o branco é uma cor que não suporto: não tem limites. (...) Ou melhor, o branco não é sequer uma cor. Não é nada, é como o silêncio.” (p. 10) O leitor perceberá a transformação de um garoto com todas as características da juventude – rebelde, egoísta, egocêntrico – numa pessoa madura e responsável. Essa mudança começa a ser percebida quando Leo deixa de jogar o jogo decisivo do campeonato de futebol para cuidar de sua amiga doente. A convivência despertará nele o sentimento de cumplicidade e do verdadeiro amor, promoverá o debate do que é realmente o sonho e mostrará que, no crescimento emocional, é importante a presença de um orientador, um mentor.Branca como o leite, vermelha como o sangue não é apenas um romance de formação ou uma narrativa de um ano de escola: é um texto corajoso que, por meio do monólogo de Leo – ora descontraído e divertido, ora mais íntimo e atormentado –, conta o que acontece no momento em que, na vida de um adolescente, irrompem o sofrimento e o pesar, e o mundo dos adultos parece não ter nada a dizer.
Gostaram? Já leram algum? :)