#12 Resenha: A mala de Hana

A pedido de um amigo meu, eu li o livro A mala de Hana, livro rápido com apenas 112 páginas, estava sem muita vontade, mas como ele me pediu encarecidamente para que eu fizesse a resenha dele, eu decidi que leria, mas só quando tivesse vontade.
O livro ficou mais ou menos 1 mês no cantinho, só esperando para ser pego, e eu com preconceito deixei ele lá, mas que erro! É um livro excepcional!

Título:A mala de Hana- uma história real
Autora: Karen Levine
Editora: Melhoramentos
Gênero: Juvenil
Ano: 2007
Páginas: 112
Nota: ✩✩✩✩✩ (5/5) 
Sinopse:
A mala de Hana é um retrato singelo, mas mostra como era cruel a vida das crianças submetidas ao Holocausto.
A história se desenrola em três continentes durante um período de quase setenta anos. Envolve a experiência da garotinha Hana e de sua família na Tchecoslováquia (atual República Tcheca), nas décadas de 1930 e 40: e uma jovem e um grupo de crianças em Tóquio, no Japão: e um homem em Toronto, no Canadá, nos dias de hoje.
Um relato que vai sensibilizar a todos, para que horrores semelhantes ao que atingiu Hana e outros inocentes nunca voltem a acontecer. 

Resenha:


O livro conta duas histórias simultaneamente, a de Hana uma pequena judia na época da Segunda Guerra Mundial e o Holocausto e a de Fumiko a professora do Centro Educacional do Holocausto de Tóquio que busca mostrar aos seus alunos como era na época de Hitler para os judeus. 
 Tudo começa quando Fumiko, de tanto pedir para grandes museus que tratavam do Holocausto, recebeu uma mala com o nome de Hana, com a data (16 de maio de 1931) e Waisenkind- a palavra alemã que significa orfã. A curiosidade das crianças do centro em ver a mala foi enorme, todos querendo saber quem era a menina, como era. Com todas essas curiosidades das crianças, Fumiko buscou respostas para todas aquelas perguntas na Europa e América, bem longe de onde ela morava o que atrapalhou bastante na sua busca para saber quem era Hana.
 Todo esse mistério na busca de conhecer mais sobre a dona da mala, Fumiko é levada a 70 anos atrás, onde Hana vivia feliz na Checolosváquia antes da invasão nazista. Onde descobre que Hana  tem um irmão George, que sobreviveu aos campos de concentração que ficou. E de como foi cruel para família judia no Holocausto, onde primeiro foi levada a mãe de Hana depois seu pai por último sua mãe e seu irmão. E da forma brutal e desumana que os judeus eram tratados na época. Vivendo como se fossem animais aos olhos nazistas.
Apesar de Karen relatar de forma bem leve o nazismo, é possível perceber o quanto era duro viver naqueles campos de concentração. Me emocionei e quis chorar em várias partes do livro, porque me coloquei no lugar de Hana e imaginei como seria ficar sem minha família, sem o direito de estudar e de ter uma vida "normal". 
É certo que a escrita pode até parecer bem infantil, e até nos irritarmos ao ver Karen relatando a vida de Hana, mas o rumo que a história vai tomando no decorrer do livro a torna bem interessante. Não sei se quis ler porque sempre me interessei em Segunda Guerra Mundial e o Holocausto. Deve ser esse um dos motivos para ter gostado tanto, mas mesmo você que não é fã desse tipo de livro, vale a pena dar uma chance.

Frase dita por George quando foi separado de sua irmã